Já sabemos que a Cannabis tem diferentes variedades. Mas você sabia que pode ser classificada em quatro espécies principais: Cannabis Sativa, Cannabis Índica, Cannabis Ruderalis e Cannabis Híbrida. Essa discussão parece interminável na comunidade cannabis. Vamos entender sobre essa diferença genética e o que pode diferenciar as características físicas, efeitos e sabores?

Indica
Estrutura
- Folhas Grossas e Largas;
- Menor tempo de floração;
- Altos rendimentos.
Efeitos
- Mais corporal;
- Sedativas para relaxar;
- Criatividade;
- Reflexões em pensamentos.
Sativa
Estrutura
- Folhas Finas e Curtas;
- Maior tempo de floração;
- Menor rendimento.
Efeitos:
- Mais psicoativas;
- Eufóricas;
- Combina com atividades sociais, físicas e artísticas;
É importante reforçar que estes efeitos não são uma regra, pois já aconteceram muitas cruzas de espécies e os terpenos e terpenóides da Cannabis influenciam muito nos efeitos.
Cannabis Sativa
A Cannabis Sativa é uma variação da Cannabis cultivada principalmente em países tropicais devido sua boa adaptação à climas quentes e secos com longos dias de Sol, como na África, América Central, Sudeste Asiático e partes ocidentais da Ásia.
As plantas são mais altas podendo chegar à 4 metros de altura. As folhas são mais finas e levam mais tempo para amadurecer, cerca de 9 à 13 semanas seu período de floração. Geralmente apresentam teor maior de THC e menor CBD que as demais variações de Cannabis. Os efeitos da Cannabis Sativa são mais eufóricos e estimulantes em comparação com as demais espécies. É recomendada para curtir festas, estimular a criatividade e tratamentos de depressão, dor crônica e epilepsia.
Cannabis Índica
Tem grande concentração de THC e também CBD, o canabinoide não psicoativo que vem ganhando popularidade e prestígio em diversos tratamentos e terapias. São encontradas em países com clima mais frios e secos. As plantas são menores em relação à Sativa, podendo chegar à 2 metros de altura. As folhas são mais largas e o tempo de floração é mais curto, cerca de 8 à 10 semanas. E até hoje é muito usada na Ásia e no Oriente Médio para produção de Haxixe, um composto extraído das folhas e flores da planta. A Índica caiu no gosto dos cultivadores indoor devido sua característica de não crescer tanto quanto as Cannabis Sativa. Suas folhas são mais largas e as flores mais grossas e com aromas fortes mais doces e frutados. Os efeitos da Cannabis Índica são mais relaxante e indicada para insônia, dores de cabeça e musculares.
Cannabis Ruderalis
São plantas com baixíssima concentração de THC em relação às demais variações da Cannabis. Porém tem boa concentração de CBD. São encontradas em países onde as temperaturas são extremas e os dias mais longos que as noites, com isso a Ruderalis ganhou capacidade de autoflorescer, ou seja, não depende de ciclos diferentes de tempo de luz para a planta saber o período de crescimento e o de floração.
A planta é a menor das variações, chega a crescer apenas 50 à 60 centímetros. As folhas são mais estreitas, longas e espessas. Essa variação de Cannabis é muito utilizada pelos cultivadores para fazer cruzas e criar espécies autoflorescentes, ou seja, plantas que crescem e florescem sem depender do tempo de luz recebido. Neste caso a Ruderalis tem a habilidade de concluir o seu ciclo da semente à colheita em apenas 10 à 14 semanas.
Cannabis Híbrida
A Cannabis Híbrida foi criada a partir do cruzamento de plantas Sativa, Índica e/ou Ruderalis. Hoje em dia quase todas as Cannabis encontradas no mercado são Híbridas devido a inúmeras cruzas já realizadas. As características físicas das Híbridas se misturam com as Sativas, Índicas e Ruderalis. Seus efeitos são muito diferentes de planta para planta pois depende das espécies que foram cruzadas. São classificadas como predominância Índica ou Sativa ou Equilibrada. Essas cruzas são fascinantes pois hoje existem inúmeros nomes comerciais para a Cannabis, cada uma com predominâncias de Índica e Sativas diferentes que geram um catálogo enorme de novas espécies. A cruza com espécies Ruderalis é muito utlizada para criar espécies automáticas, ou seja, plantas que crescem e florescem sem diferenciar o tempo de luz.